4 Etapas para criar políticas de uso da IA Generativa nas Escolas

Responsabilidade da Escola

As escolas estão perante a responsabilidade de liderar e criar políticas para o uso da Inteligência Artificial Generativa (IAGen) e assim ajudar professores, alunos e encarregados de educação a conhecer como integrar a IAGen de forma responsável e ética, para potenciar inovação pedagógica.

Com base no trabalho desenvolvido pelo Professor Bibliotecário Carlos Pinheiro, da Escola Secundária do Agrupamento de Escolas Leal da Câmara – que liderou a criação das políticas de uso da IA Generativa no Agrupamento de Escolas – em colaboração com o AI goes to School, definiram-se 4 etapas principais que podem ser usadas por qualquer escola para pensar e iniciar o processo de criação das políticas da IAGen.

4 Etapas:

  1. Refletir e Diagnosticar: O processo inicia-se com uma reflexão abrangente sobre o impacto da IA na escola, através de reuniões internas envolvendo professores e dirigentes envolvidos na coordenação e supervisão pedagógica. Paralelamente deve-se criar oportunidades de reflexão através de eventos abertos à comunidade, alunos e encarregados de educação. Estas fases fomentam o diálogo e a partilha de perspectivas. É crucial iniciar programas de formação de professores em literacia de IA na educação, construindo assim uma base sólida de conhecimento para as fases seguintes
  2. Criar e Colaborar: A escola deve formar uma equipa de professores e dirigentes, que serão responsáveis por elaborar o primeiro rascunho das orientações e políticas de uso de IA. Esta equipa apresenta o primeiro rascunho do documento, e solicita a colaboração de representantes das diversas áreas disciplinares, grupos de supervisão pedagógica e orientação educativa. É fundamental garantir um período alargado para contribuições e discussões, permitindo uma participação ampla e reflexiva. Durante este período, a escola deve manter ativas ações de sensibilização da comunidade educativa e formação contínua de professores em literacia da IA na educação.
  3. Aprovar e Implementar: Após a fase de reflexão, a equipa responsável pela elaboração do documento, reúne todos os contributos e finaliza o documento orientador. Todos devem ter a oportunidade de rever, discutir e sugerir melhorias para o documento. Assim, o documento das políticas da IAGen deve ser aprovado por consenso. Deve ser definida a data para a sua implementação e informação à comunidade educativa sobre como devem usar este documento. Nesta fase também deve ser definido como e por quem será feita a monitorização e avaliação, assim como definir a data para a atualização do documento.
  4. Monitorar e Avaliar: Para assegurar a eficácia contínua das políticas da IAGen implementadas, é necessário que haja uma equipa responsável pela monitorização e avaliação do seu impacto na escola. Para uma avaliação objetiva e sistemática, a equipa deve desenvolver instrumentos específicos, definir métricas e recolher feedback regular junto dos professores, alunos e encarregados de educação. Os resultados vão permitir ajustes e melhorias contínuas nas políticas de IAGen da escola.

Estas 4 etapas apresentam uma abordagem inclusiva que as escolas podem seguir para desenvolver e implementar as suas políticas para o uso da IAGen. Este processo garante uma integração responsável e inovadora da IA na educação, e prepara toda a comunidade escolar para usar e integrar a IAGen com confiança.

Este diagrama resulta do esforço do AI goes to School representar o trabalho desenvolvido pelo o Professor Bibliotecário Carlos Pinheiro e em colaboração com o professor – principal responsável e impulsionador da criação dos “Princípios para a utilização da IA no Agrupamento de escolas Leal da Câmara”, e do Agrupamento de Escolas Leal da Câmara, o primeiro Agrupamento de Escolas a fazê-lo em Portugal.